Instituto Nacional de Meteorologia emite alerta para queda brusca da umidade em 5 estados, colocando em risco a saúde dos moradores de Goiás e do Distrito Federal

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja para sete estados brasileiros e o Distrito Federal devido à baixa umidade do ar, que pode variar entre 12% e 20% até o final desta semana, 20 de agosto de 2025. A medida abrange Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, São Paulo e Distrito Federal, com previsão de impactos severos, como risco elevado de incêndios florestais e problemas de saúde, incluindo doenças pulmonares e ressecamento da pele. A situação é agravada pela ausência de chuvas e temperaturas altas, especialmente no período da tarde. As autoridades recomendam hidratação constante, uso de umidificadores e evitar exposição ao sol. A medida visa alertar a população para os perigos do clima seco, que atinge níveis críticos em várias regiões. O alerta permanece válido até pelo menos sexta-feira, 22 de agosto, com possibilidade de prorrogação.

A baixa umidade do ar, que em algumas áreas pode chegar a índices próximos de desertos, preocupa especialistas pela combinação de riscos à saúde e ao meio ambiente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a umidade ideal está acima de 60%, mas as condições atuais estão muito abaixo disso. A situação exige atenção redobrada de moradores e autoridades.

  • Riscos à saúde: desconforto nos olhos, boca e nariz, além de complicações respiratórias.
  • Incêndios florestais: vegetação seca facilita a propagação de fogo em áreas rurais e urbanas.
  • Recomendações: hidratação constante, uso de hidratantes e umidificadores de ambiente.

Situação crítica no Centro-Oeste e Sudeste

O Centro-Oeste, incluindo Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, enfrenta uma das piores estiagens dos últimos anos. Em Goiânia, por exemplo, a umidade relativa do ar pode atingir 15% nas horas mais quentes, um índice que, segundo o INMET, representa perigo iminente. A capital federal, Brasília, também registra níveis críticos, com previsão de umidade oscilando entre 12% e 20% até o final da semana.

A ausência de chuvas, combinada com altas temperaturas, intensifica o ressecamento do solo e da vegetação, criando condições ideais para incêndios. Em Mato Grosso, áreas como Barra do Garças já registraram focos de queimadas nos últimos dias, com o Corpo de Bombeiros em alerta máximo. A situação é semelhante em cidades do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, onde a Defesa Civil reforça orientações à população.

  • Beber pelo menos 2 litros de água por dia, mesmo sem sede.
  • Evitar atividades físicas ao ar livre entre 10h e 17h.
  • Usar umidificadores ou bacias com água para melhorar a qualidade do ar em ambientes fechados.
  • Manter a casa limpa com panos úmidos para evitar acúmulo de poeira.

O alerta laranja abrange 853 municípios, com destaque para o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e o noroeste de Minas Gerais, onde a umidade pode cair abaixo dos 12% em alguns momentos. A situação exige ações coordenadas entre prefeituras, bombeiros e a população para minimizar os impactos.

Impactos na saúde pública

A baixa umidade do ar traz sérias consequências para a saúde, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas. Médicos alertam que a exposição prolongada a essas condições pode agravar quadros de asma, bronquite e rinite, além de causar sintomas como dores de cabeça, irritação nos olhos e ressecamento da pele.

Em cidades como Uberaba, em Minas Gerais, hospitais já relatam aumento na procura por atendimentos relacionados a problemas respiratórios. A médica Suamy Goulart, especialista em clínica geral, destaca a importância de intensificar os cuidados durante o período de seca. A hidratação constante é essencial, mas bebidas diuréticas, como café e álcool, devem ser evitadas.

  • Intensificar o uso de hidratantes para evitar ressecamento da pele.
  • Umidificar ambientes com aparelhos ou toalhas úmidas.
  • Evitar aglomerações em locais com ar-condicionado, que podem piorar os sintomas respiratórios.
  • Monitorar sintomas como falta de ar e buscar ajuda médica, se necessário.

A combinação de ar seco e poluição, especialmente em áreas urbanas como São Paulo, eleva o risco de complicações. Na capital paulista, a qualidade do ar foi classificada como ruim em diversas ocasiões nos últimos dias, agravada pela fumaça de queimadas próximas.

Risco de incêndios florestais

O clima seco e a vegetação ressecada aumentam significativamente o risco de incêndios florestais. Em Tocantins, áreas próximas à capital, Palmas, estão em estado de emergência devido à possibilidade de queimadas descontroladas. O INMET alerta que ventos moderados, combinados com a baixa umidade, podem transformar pequenos focos de fogo em grandes incêndios.

Em Goiás, o Corpo de Bombeiros intensificou as operações de monitoramento em regiões rurais, onde a vegetação seca facilita a propagação de chamas. A Defesa Civil orienta a população a evitar queimadas para limpeza de terrenos, prática comum em áreas rurais, mas que pode sair do controle. Em Minas Gerais, cidades como Uberlândia e Patos de Minas também estão em alerta máximo.

  • Evitar queimar lixo ou vegetação em terrenos abertos.
  • Denunciar focos de incêndio imediatamente pelo telefone 193.
  • Manter áreas próximas a residências livres de materiais inflamáveis.
  • Acompanhar alertas da Defesa Civil por SMS, enviando o CEP para 40199.

A situação no Distrito Federal é particularmente preocupante, com o período de estiagem se estendendo até meados de setembro. A vegetação do Cerrado, predominante na região, é altamente suscetível a incêndios, o que exige vigilância constante.

Medidas preventivas para a população

As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas para minimizar os impactos da baixa umidade. A hidratação é a principal recomendação, com especialistas sugerindo o consumo de pelo menos 2 litros de água por dia. Além disso, a população deve evitar atividades ao ar livre durante os horários mais quentes, entre 10h e 17h, quando a umidade atinge os menores índices.

A nutricionista Renata Manganelli recomenda uma alimentação leve, com frutas e vegetais ricos em água, como melancia, pepino e laranja. O uso de umidificadores de ar em casa e no trabalho também é uma estratégia eficaz para aliviar o desconforto causado pelo clima seco.

  • Consumir alimentos hidratantes para complementar a ingestão de água.
  • Usar óculos de proteção para evitar irritação nos olhos.
  • Evitar banhos quentes, que podem intensificar o ressecamento da pele.
  • Manter ambientes arejados, mas sem exposição direta ao ar seco.

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