Uma frente fria associada a um ciclone extratropical no sul do Uruguai está causando condições climáticas severas no Sul do Brasil nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, com chuvas intensas, ventos de até 80 km/h e risco de alagamentos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para tempestades localizadas, que podem causar quedas de árvores, destelhamentos e interrupções no fornecimento de energia. As chuvas podem acumular mais de 100 mm em algumas áreas, especialmente no litoral gaúcho e catarinense. Enquanto isso, o calor extremo e a baixa umidade afetam o Centro-Oeste e o interior do Sudeste, e pancadas isoladas ocorrem no Norte e no litoral do Nordeste.
O sistema meteorológico, intensificado pelo ciclone, deve manter o tempo instável no Sul até pelo menos a noite de quarta-feira, 3. As autoridades recomendam que a população evite áreas de risco, como encostas e regiões próximas a rios. No restante do país, as condições variam entre calor intenso e chuvas pontuais, evidenciando contrastes climáticos.
- Principais impactos no Sul: Alagamentos, quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia.
- Áreas afetadas: Litoral do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e interior do Paraná.
- Cuidados recomendados: Evitar deslocamentos em áreas de risco e monitorar alertas oficiais.
Instabilidade climática no Sul
A frente fria que avança pelo Sul do Brasil é impulsionada por um ciclone extratropical posicionado próximo ao Uruguai. Esse fenômeno intensifica as chuvas, especialmente em cidades como Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba, onde os acumulados podem atingir 100 mm em 24 horas. O vento, com rajadas de até 80 km/h, é uma preocupação adicional, especialmente em áreas costeiras, onde a combinação de chuva e vento pode causar danos a infraestruturas.
No Rio Grande do Sul, o litoral sul, incluindo cidades como Pelotas e Rio Grande, enfrenta as condições mais severas, com risco de tempestades acompanhadas de raios e granizo. Em Santa Catarina, a região de Florianópolis e o Vale do Itajaí estão em alerta para alagamentos devido ao solo já saturado por chuvas anteriores. No Paraná, as pancadas são mais isoladas, mas o interior, como em Londrina, pode registrar temperaturas de até 33°C antes da chegada da chuva.
- Volumes esperados: Até 100 mm em áreas costeiras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
- Riscos associados: Alagamentos, deslizamentos e danos a estruturas.
- Duração prevista: Instabilidade até a noite de quarta-feira, 3 de setembro.
Contrastes climáticos no Brasil
Enquanto o Sul enfrenta tempestades, o Centro-Oeste e o interior do Sudeste lidam com calor intenso e umidade relativa do ar em níveis críticos. Em cidades como Cuiabá e Campo Grande, os termômetros podem marcar entre 36°C e 39°C, com umidade abaixo de 20%, condições que aumentam o risco de incêndios florestais e problemas respiratórios. Em São Paulo e Minas Gerais, cidades como Araçatuba e Ituiutaba registram temperaturas próximas a 35°C, com umidade entre 15% e 20%, bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
No Norte, a umidade elevada favorece pancadas de chuva em Manaus, Porto Velho e Rio Branco, com volumes que podem ultrapassar 30 mm em algumas áreas. No Nordeste, o interior enfrenta tempo seco, enquanto capitais litorâneas, como Salvador e Maceió, registram chuvas rápidas devido à circulação de ventos úmidos do Atlântico.
Medidas de prevenção no Sul
As autoridades locais reforçam a importância de medidas preventivas para minimizar os impactos das chuvas e ventos no Sul. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina já mobilizou equipes para monitoramento de rios e áreas de risco. Em Porto Alegre, a prefeitura emitiu alertas para que a população evite deslocamentos desnecessários durante os períodos de maior intensidade da chuva.
- Monitoramento constante: Acompanhar atualizações do Inmet e da Defesa Civil.
- Evitar áreas de risco: Encostas, margens de rios e regiões propensas a alagamentos.
- Preparação para ventos: Proteger estruturas leves e evitar estacionar sob árvores.
- Cuidados com energia: Reportar quedas de energia imediatamente às concessionárias.
Impactos na infraestrutura e economia
As chuvas intensas e os ventos fortes no Sul podem gerar transtornos significativos em setores como transporte, agricultura e energia. No Rio Grande do Sul, a colheita de culturas como soja e milho pode ser afetada, especialmente em áreas onde o solo já está encharcado. Em Santa Catarina, o setor de turismo, particularmente em Florianópolis, enfrenta desafios devido às condições climáticas adversas.
No Paraná, os ventos podem impactar linhas de transmissão elétrica, como ocorreu em eventos climáticos semelhantes no passado. As concessionárias de energia já estão em alerta para responder rapidamente a eventuais falhas. Além disso, o transporte rodoviário nas BRs que cortam a região Sul pode sofrer interrupções devido a alagamentos ou quedas de barreiras.
Previsão para os próximos dias
A instabilidade no Sul deve persistir até a noite de quarta-feira, 3, com a frente fria se deslocando lentamente para o Sudeste. A partir de quinta-feira, 4, as chuvas devem perder intensidade no Rio Grande do Sul, mas Santa Catarina e Paraná ainda podem registrar pancadas isoladas. No Centro-Oeste e Sudeste, o calor intenso deve continuar, com possibilidade de chuvas no final da semana em São Paulo e Minas Gerais.
No Norte, as pancadas de chuva seguem concentradas no Amazonas e em Rondônia, enquanto o Nordeste mantém o padrão de tempo seco no interior e chuvas pontuais no litoral. A combinação de fenômenos climáticos distintos reflete a complexidade do clima brasileiro em setembro, período de transição entre o inverno e a primavera.
- Sul: Chuvas diminuem a partir de quinta-feira, 4.
- Centro-Oeste e Sudeste: Calor persiste, com chuvas no final da semana.
- Norte e Nordeste: Chuvas pontuais e calor predominam.
Cuidados com a saúde em áreas de calor intenso
O calor extremo no Centro-Oeste e no Sudeste exige atenção especial à saúde. A baixa umidade do ar pode causar desconforto respiratório, desidratação e irritação nos olhos. Especialistas recomendam aumentar a ingestão de água, evitar atividades físicas ao ar livre no período da tarde e utilizar umidificadores em ambientes fechados.
Em cidades como Cuiabá e Araçatuba, os índices de umidade abaixo de 20% aproximam as condições de um deserto, o que eleva o risco de