Lionel Scaloni, técnico da seleção argentina, concedeu entrevista exclusiva ao Flashscore, abordando o futuro da equipe após a despedida de Lionel Messi, a ascensão de jovens talentos como Nico Paz e Franco Mastantuono, e os planos para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Em Buenos Aires, na preparação para os jogos contra Venezuela e Equador, Scaloni destacou a força do elenco atual e a necessidade de aproveitar o presente de Messi, enquanto planeja a transição para uma nova geração. A entrevista, realizada em setembro de 2025, reforça a confiança no projeto que levou a Argentina ao título mundial em 2022 e à Copa América em 2021 e 2024. O técnico também revelou momentos marcantes da conquista no Catar e suas expectativas para o próximo Mundial, que será disputado em três países. Sua visão pragmática e foco no imediato mostram como ele lida com a pressão de comandar uma das seleções mais vitoriosas do mundo.
A Argentina vive um momento de consolidação no futebol. Sob o comando de Scaloni, a seleção conquistou resultados expressivos, incluindo o Mundial de 2022 e duas Copas América consecutivas. O técnico, que assumiu em 2018, transformou a equipe em uma máquina competitiva, com um estilo de jogo sólido e adaptável, mesmo sem a presença de Messi em alguns momentos.
- Conquistas recentes: Mundial de 2022, Copas América de 2021 e 2024.
- Elenco versátil: Jogadores como Enzo Fernández e Cuti Romero garantem estabilidade.
- Novos talentos: Nico Paz e Franco Mastantuono despontam como promessas.
- Foco imediato: Jogos contra Venezuela e Equador nas Eliminatórias.
O sucesso da Argentina não é apenas fruto de talento individual, mas de uma filosofia coletiva que Scaloni implementou com maestria.
Era Messi e o futuro da seleção
A iminente despedida de Lionel Messi, confirmada pelo jogador como sua última partida oficial em solo argentino pela seleção, é um marco para o futebol mundial. Scaloni enfatizou que o impacto de Messi vai além do campo, influenciando companheiros, adversários e até árbitros. “Quando ele decide não vir, a perda será enorme, não só para o futebol argentino, mas para o mundo”, afirmou. O técnico, no entanto, mantém o foco em aproveitar o presente, destacando a importância de Messi nos treinos e jogos.
O treinador foi categórico ao dizer que não haverá um herdeiro direto para Messi. “Ele é incomparável, o que ele fez por tanto tempo é irrepetível”, declarou. Essa visão reforça a singularidade do camisa 10, que continua sendo uma referência técnica e emocional para o elenco. Scaloni também revelou momentos únicos com Messi, como partidas em que o craque jogou mesmo com limitações físicas, demonstrando resiliência incomum.
- Impacto de Messi: Presença marcante no vestiário e em campo.
- Sem sucessor direto: Scaloni descarta comparações com outros jogadores.
- Aproveitar o presente: Foco em maximizar a participação de Messi até 2026.
Apesar do peso da saída de Messi, Scaloni confia na base sólida da seleção para manter a competitividade.
Jovens talentos em ascensão
A renovação da seleção argentina é um dos pilares do projeto de Scaloni. Jogadores como Nico Paz, do Como, e Franco Mastantuono, do Real Madrid, são vistos como peças fundamentais para o futuro. Nico Paz, sob orientação de Cesc Fàbregas, tem se destacado pelo futebol ofensivo e versatilidade. “Ele é um jogador completo, com gol e trabalho defensivo”, avaliou Scaloni. Já Mastantuono, ainda mais jovem, impressiona pela adaptação rápida ao Real Madrid, um dos maiores clubes do mundo.
O técnico adota uma abordagem cautelosa com os jovens, respeitando o tempo de maturação de cada um. “Eles precisam se adaptar, mas têm um grande futuro”, disse sobre Mastantuono. A comissão técnica, incluindo Walter Samuel, mantém contato próximo com os clubes para monitorar o desenvolvimento desses atletas.
- Nico Paz: Destaque no Como, com futebol ofensivo e físico.
- Franco Mastantuono: Jovem promessa adaptada ao Real Madrid.
- Acompanhamento próximo: Comissão técnica monitora evolução dos jogadores.
- Paciência estratégica: Scaloni evita apressar a integração dos jovens.
A aposta em novos talentos reflete a visão de longo prazo de Scaloni, que busca equilibrar experiência e juventude no elenco.
Destaques consolidados do elenco
Além dos jovens, Scaloni destacou jogadores já estabelecidos, como Enzo Fernández, Cuti Romero e Rodrigo De Paul. Enzo, peça-chave no Chelsea, é visto como um líder em potencial, embora Scaloni evite rótulos. “Ele é capaz de jogar sob pressão, como demonstrou na Copa do Mundo”, afirmou. Cuti Romero, que renovou com o Tottenham, ganha elogios pela estabilidade e confiança que o clube deposita nele.
Rodrigo De Paul, que surpreendeu ao trocar a Europa pelo Inter Miami, mantém o nível competitivo, segundo Scaloni. “Não importa a liga, mas o que ele faz em campo”, disse o técnico, evitando interferir na decisão do jogador. A escolha de De Paul por um projeto na MLS, onde atua ao lado de Messi, reflete a busca por novos desafios, sem comprometer sua relevância para a seleção.
- Enzo Fernández: Referência no Chelsea e na seleção.
- Cuti Romero: Renovação com o Tottenham traz estabilidade.
- Rodrigo De Paul: Adaptação bem-sucedida no Inter Miami.
Esses jogadores formam a espinha dorsal da Argentina, garantindo continuidade ao projeto de Scaloni.
Preparação para as Eliminatórias e a Copa de 2026
Com a classificação garantida para a Copa do Mundo de 2026, Scaloni planeja usar os jogos contra Venezuela e Equador para testar novos jogadores e manter a linha de jogo. “Queremos dar oportunidade a quem ainda não jogou”, revelou. Essa estratégia visa preparar o elenco para os desafios do próximo Mundial, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá, com condições climáticas e logísticas exigentes.
Scaloni evitou projeções sobre seu futuro após 2026, mantendo o foco no presente. “Não penso além dos próximos jogos”, disse, reforçando sua filosofia de priorizar o imediato. A Copa de 2026, com mais equipes e disputada em três países, apresenta desafios únicos, como mudanças de fuso horário e calor intenso. O técnico destacou a importância de aguardar o sorteio para planejar a preparação.
- Jogos-teste: Venezuela e Equador como laboratório para novos jogadores.
- Copa de 2026: Desafios logísticos e climáticos à vista.
- Foco no presente: Scaloni evita planejar além dos próximos compromissos.
A abordagem pragmática de Scaloni garante que a Argentina chegue ao Mundial em condições competitivas.
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